A Mulher Maravilha dentro de nós



Por Fernanda Ramos



Sucesso em todo o país e de bilheteria, Mulher Maravilha é considerado um dos filmes mais vistos dos Estados Unidos desde a sua estréia em 01 de junho de 2017. Dirigido por Patty Jenkins, primeira diretora a comandar o gênero, o longa nos reforça a necessidade sobre algumas mudanças no nosso protagonismo heróico. 

Destinada a acabar com o Deus da guerra, Ares (David Thewlis), a princesa Diana de Themyscira (Gal Gadot) filha de Zeus e da rainha Hipólita (Connie Nielsen) deixa a ilha onde morava com as guerreiras Amazonas e sua mãe, para seguir uma longa jornada ao lado de Steve Trevor (Chris Pine) que foi salvo por ela após seu avião cair no mar. Porém, o que Diana conhece do mundo lá fora, é somente o que aprendeu em sua ilha. 

A cinzenta Londres lhe causa estranheza. O comportamento dos homens que a restringem de entrar em determinados lugares pelo simples fato de ser uma mulher, as roupas sem funcionalidade, a falta de cores na cidade, e esse último detalhe às vezes nos remete a sensação de que o único ponto de cor é a própria Diana. É fácil notar a sua decepção com o nosso mundo, e dado o fato de que ela narra o filme no começo e no fim, entende-se que houve uma mudança de como ela era antes e como foi perdendo a inocência de forma gradativa, por achar que poderia salvar as pessoas da guerra. Na nossa realidade não é diferente. Quando saímos do conforto dos nossos lares, dos cuidados da nossa família pra ir atrás dos nossos objetivos, quando nos decepcionamos por criar expectativas sobre algo, quando lutamos pelos nosso ideais, quando nós mulheres lutamos por mais igualdade de gênero, ou quando aprendemos com os nossos erros, percebemos total identificação com a personagem Diana.


Mulher Maravilha não é apenas mais um filme de super herói, é uma grande adaptação marcada pela representatividade feminina, a exemplo disso, temos a cena em que Diana é informada por Steve de que "nenhum homem conseguiria atravessar tal campo de batalha", e ela assume essa responsabilidade de forma grandiosa. É notável também a preocupação da diretora em transmitir uma protagonista que não seja um mero símbolo sexual através da hipersexualização excessiva, porém não podemos dizer que não acontece ao vermos à roupa curta da personagem e alguns poucos closes indecentes.

A lição que fica desse filme, é que devemos ter mais autoconfiança e acreditar que somos capazes de resolver nossos problemas, ser nossos próprios heróis e traçar nossos destinos, como é possível ver na épica cena final. Em suma, Mulher Maravilha lava a nossa alma com um enredo e uma proposta majestosa que reforça que as mulheres são poderosas e merecem ser retratadas como tal.
A Mulher Maravilha dentro de nós A Mulher Maravilha dentro de nós Reviewed by BTD Comunicação on abril 26, 2018 Rating: 5

9 comentários:

  1. Muito bom , autoconfiança é muito importante. Parabéns!!!

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  2. Uma cena forte é quando ela entra numa reunião que só permitido homens e nenhum da ouvidos a ela. é de deixar qualquer uma com raiva kkkk. Gostei do texto!

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  3. Eu fiquei muito feliz assistindo esse filme, e tambem por saber que ele teve uma bilheteria maravilhosa, as Amazonas lindamente não precisando de homens na sua sociedade, a inocência de Diana e como isso vai quebrando a cada instante, hino de filme, fazer o que né, só aplaudir e pedi mais

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